Fórum #FaleSemMedo | Instituto Avon*

Mah / 16 dez,2015 /ETC, Publi

Olá pessoas lindas, tudo bom?

Quem me segue no Instagram e no Snapchat (blzinterior) viu e acompanhou um pouco do terceiro Fórum Fale Sem Medo, realizado pelo Instituto Avon semana passada. Mas, se você não acompanhou eu falo um pouco o que aconteceu por lá.

Nos anos anteriores o evento era apenas para formadores de opinião e especialistas, porém este ano, ele se tornou aberto ao público. Sempre pautando a não Violência contra a Mulher, o tema de 2015 foi Violência contra a mulher no ambiente universitário. O tema é abordado com palestras, debate e apresentação de dados.

Logo que cheguei pensei “Mas o que seria violência contra a mulher na universidade? Apenas violência física?”. Pois em pouco tempo a minha dúvida foi esclarecida com a pesquisa, realizada pelo Data Popular.

“10% das mulheres relatam espontaneamente ter sofrido violência de um homem na universidade ou em festas acadêmicas. Mas, quando são estimuladas com uma lista de violências, elas reconhecem que foram submetidas a muitas delas e o número sobre para 67%”.

Eu faço parte destas mulheres que, em um primeiro momento, não percebem a violência. No meu caso foi quando um professor subestimou minha capacidade intelectual por falar que eu só saberia fazer trabalho se fosse de moda ou beleza. Para quem não sabe eu cursei quatro anos de Marketing. Lembro que na época eu respondi porque não achei graça nenhuma, mas não encarei como violência… para mim era “zoeira”, e bem da sem graça.

Agressão moral/psicológica, violência física, desqualificação intelectual, violência sexual, coerção (te forçar a algo como ingerir álcool, participar de atividades degradantes em trote ou festas…) e assédio sexual. Esta é a lista de violências que diversas mulheres sofrem e sofrerão ao entrar no ambiente universitário.

Quero falar o que eu senti durante o fórum. Além de uma emoção indescritível ao conhecer Maria da Penha.

Nós escutamos muito sobre a violência contra a mulher na televisão, no rádio, em jornais e na internet. Confesso que sempre fiquei alarmada com cada notícia lida, mas quando estamos inseridas em um lugar para tratar apenas sobre o assunto, para ver dados, escutar pessoas que trabalham contra isso no seu dia-a-dia, a situação muda. Me doeu. Mas me doeu demais. 

Saber que 63% das mulheres admitem não reagir quando sofre violência, 14% dos estudantes conhece casos de mulheres estupradas e 26% dos homens admitem que já cometeram assédio sexual (fora quem não admite), é revoltante. Dá raiva, dá desprezo, dá nojo… Mas acima de tudo dá vontade de lutar contra o machismo enraizado nesta sociedade.

Falar para uma mulher “Denuncia!” é fácil. Agora imagina ser questionada sei lá eu quantas vezes se você não fez nada para aquilo acontecer? Se você não consentiu? Se você tem certeza do que está falando? Pois infelizmente é isso que acontece, e por tal motivo muitas mulheres preferem não sofrer uma segunda vez.

Minha conclusão? Que não estou aqui apenas para conversar sobre produtos. Estou aqui para conversar sobre nós, para ajudar vocês a terem cada dia mais força, para alegrar e ver vocês empoderadas e donas de si. Minha alegria é imensa quando vejo que através de algumas fotos e vídeos eu ajudo diversas mulheres a se enxergarem com outros olhos; a perceber o quão lindas elas são; e a não ligar nenhum pouco para o que os outros vão dizer. Sem perceber, estamos empoderando nossas mulheres. Quer alegria maior?

No canal da Avon do YT tem dois hangouts que aconteceram no dia do evento, e em breve vocês poderão ver algumas palestras. Se inscrevam porque é enriquecedor: www.youtube.com/AvonBr.

E para finalizar: Quero vocês comigo ano que vem no quarto fórum.

Beijos com carinho
Mah

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3 comentários em “Fórum #FaleSemMedo | Instituto Avon*

  1. Parabéns pela postagem Mah, é muito bom que um blog “de moda” aborde também este tipo de assunto que faz parte da vida de todas as mulheres. É bastante incômodo, para mim, dar uma vista de olhos à blogosfera e ver que há tantos blogs que só reforçam a ideia machista e extremamente confortável socialmente de que mulher só se interesse por roupas e maquiagem (claro, me refiro aqui aos blogs de moda, já que há blogs incríveis que discutem e muito bem a questão do feminino, da equanimidade de gêneros). Mas é triste ver tantas blogueiras de extremo alcance e apelo midiático, reforçarem estereótipos e não abrirem um mísero espaço para pautas dessa importância.

    Enfim, parabéns.

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