Dercos Super Ampola Capilar | Vichy*

Mah / 09 nov,2018 /ETC

Lá em 2015, antes de descolorir o cabelo pela primeira vez, eu pensava se meu fio crespo resistiria. Tanto tempo sem produtos adequados para o meu tipo de cabelo, fez com que eu ficasse receosa e cismada. Me joguei nas cores, aprendi a cuidar e não parei mais de mudar. Loiro, rosa, roxo, azul… não passo vontade e mudo a cor quando dá na telha!

Tá, e como fica a saúde dos fios? Como conseguir deixar o cabelo forte, saudável, resistente, macio e com brilho? Tô querendo muita coisa né!? hahaha Esta semana mesmo me perguntaram no Instagram (@blzinterior) como eu consigo manter o cabelo com química sem quebrar. A primeira coisa que respondo é: CUIDAR. Muito, sempre, todos os dias sem pausa. E nesse cuidar eu conheci, recentemente as Super Ampolas da linha Dercos de Vichy. Sim, Vichy tem uma linha capilar que é sucesso de audiência (depois falo de outros itens para vocês). Um tratamento concentrado para os fios em duas versões: Reequilibrante para hidratar de maneira balanceada, ideal para quem possui a raiz oleosa e as pontas secas; e Energizante para fortalecer fios, principalmente os quimicamente tratados.

Por ser um dermocosmético, a concentração de ativos é maior (se compararmos com um cosmético), e a ação só potencializa com o uso contínuo. No primeiro uso percebemos a diferença no toque, na maciez, brilho… mas com o passar do tempo o resultado só melhora. Claro que meu olho focou na ENERGIZANTE por ser antiquebra e fortalecer.

A ampola vem com 40ml de produto e, de acordo com a marca, rende de 3 a 4 aplicações. Claro que isso depende muito de cada cabelo! Quantidade, tipo, situação… A fragrância é algo que sempre presto atenção e gostei demais dessa, suave, fresca, leve e ao mesmo tempo elegante. Parece que fez um tratamento ultra power plus advanced no cabelo dentro de algum salão.
Não pesa e assim que coloquei no cabelo percebi a diferença sensorial. Após o shampoo é só aplicar um pouco nas mãos e espalhar por toda a extensão. Neste momento a maciez é palpável (é possível isso? hahaha) e a sensação de cabelo bem cuidado vem na hora.

Após retirar, é muito brilho Brasel! O resultado é surpreendente e ver que realmente não dura apenas uma lavagem me deixou feliz. Quando vi suspeitei se conseguiria usar mais de uma vez! Mas o produto é concentrado mesmo! Digo em ativos, não em textura. Sendo assim, não preciso aplicar grande quantidade para atingir todos os fios.

Energizante contém creatina, pantenol e ceramida na composição. Livre de parabenos e corantes. A Reequilibrante é livre de silicones, parabenos AND corantes.

A textura da Super Ampola Reequilibrante é mais leve ainda! Olhando, chega a ser um creme transparente lembrando um fluido. Fragrância leve, fresca e eu diria que tem algo mentolado. Espero não estar enganada! hahaha
Esta usei menos vezes e percebi a diferença principalmente no toque. Na minha opinião, enquanto a Energizante preenche o fio, esta dá o toque final repondo a água perdida.

A marca indica usar uma vez por semana. Com o uso contínuo a melhora dos fios é beeem visível e, me deixou bastante animada. Um dermocosmético capilar que cuida com um preço muito bom: R$39,90 cada Super Ampola.

Onde encontrar? Na Drogaria São Paulo! Basta clicar aqui

Ah! Por favor! Não esqueça de sempre consultar a sua dermatologista. =)

Beijos
Mah

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Aromaterapia | Minha experiência

Mah / 31 maio,2018 /ETC

Eu sempre gostei de terapias alternativas. Se alguém me disser que testou algo e funcionou, com certeza eu lerei mais sobre e testarei também. Acredito que muitas doenças e sintomas físicos são resultados da nossa mente e estado emocional. Então, quando nos cercamos de terapias para esta parte, tudo pode entrar em equilíbrio. Mas é claro que nem tudo substitui a medicina convencional!

Ano passado, mais ou menos em setembro, eu recebi uma mensagem no meu insta (@blzinterior) da Nadia. Ela disse que fazia aromaterapia e me indicou o perfil da Thelicia @thelicia_moralez_aromaterapia. Comecei a conversar com a The, preenchi minha ficha de anamnese e comprei a minha primeira sinergia. Tá, mas aí você me pergunta: “Mas Maraisa, como funciona esta tal de aromaterapia?” Eu pedi para Thelicia escrever! Nada melhor do que a explicação de uma aromaterapeuta:

Aromaterapia é essencialmente terapia através dos aromas, dos óleos essenciais.

Ela visa primeiramente a curar a causa da doença, mas atua também aliviando os sintomas. Os óleos não fazem milagres, nem mágicas, eles ajudam o corpo a fazer o próprio trabalho. Eles atuam ativando determinadas áreas do sistema límbico e do hipotálamo, que controlam a maioria das funções vegetativas e endócrinas do nosso corpo.

Os óleos essenciais são compostos aromáticos complexos e lipossolúveis (dissolvem-se na gordura). São extraídos de plantas aromáticas, seja das cascas, do cerne da madeira, das folhas, raízes, rizomas, resinas ou flores. Alguns desses óleos possuem mais de uma centena de substâncias químicas diferentes, o que faz com que atuem de diversas formas.

Podemos usar para questões físicas, fortalecendo o sistema imune, por exemplo. Podemos usar como coadjuvante em uma depressão ou ansiedade. Podemos usar ainda como limpeza e proteção energética, desobstrução e alinhamento dos chakras, etc…

Os óleos estão presentes nas plantas e tem funções específicas na natureza também. Por exemplo, a rosa. O aroma produzido em suas flores tem a função de atrair insetos polinizadores e protege a planta de doenças. Na aromaterapia, o óleo essencial de rosa é considerado um poderoso antisséptico, usado para tratar desordens do sistema reprodutor feminino e afrodisíaco.

Outro exemplo são os musgos que crescem em troncos velhos de algumas árvores específicas, como o carvalho ou as coníferas. Tiram das cascas destas árvores os nutrientes e umidade que necessitam, e em troca, protegem a madeira, produzindo um óleo essencial que repele microrganismos e insetos. Na aromaterapia, este óleo é considerado um dos melhores óleos para a proteção energética.

Existem diversas formas de uso dos óleos essenciais:
A Inalação é uma das formas mais conhecidas, mas podemos ter os benefícios dos óleos através da pele, em massagens, pedilúvios, banhos de imersão, cremes…

Na inalação, os óleos que são altamente voláteis e tem moléculas minúsculas, entram no nosso corpo através do bulbo olfativo, que se situa no fundo do nosso nariz, chegando ao sistema límbico e hipotálamo.

Quando usamos a aromaterapia através de massagens, fazemos uso óleos vegetais como carreadores (veículos). Os óleos entram na pele através dos poros, atingem os capilares e a corrente sanguínea.

Apesar de serem naturais, os óleos são muito concentrados e se usados de forma incorreta, podem causar queimaduras na pele ou causar até mesmo alergias de contato. Óleo como o de canela, por exemplo, é dermoagressivo. Óleo de cítricos em geral possuem substâncias fotossensibilizantes (queimam na presença do sol). É importante frisar a importância de usar óleos com boa procedência e sem adulteração, para garantir as propriedades terapêuticas.
Consulte sempre um aromaterapeuta.”

Como puderam ler, a aromaterapia é nada mais do que a busca da cura através dos aromas. Aromas esses que não agem apenas na dor física, mas sim na causa desta dor (ou sintoma) atuando principalmente nas nossas emoções. Tem vezes que nossa mente cria tantos entrelaces que é difícil entender como chegamos no estado final, por isso é sempre importante consultar uma aromaterapeuta de confiança e fazer a sua consulta. Apenas através dela, é possível começar a identificar o que será melhor para o seu tratamento.

Voltando para a minha sinergia: Thelicia pergunta quais aromas eu mais gosto na anamnese. Porque né? Já que vou usar todos os dias preciso de um aroma agradável. Ela cria uma mistura personalizada. Isso mesmo, não é uma aromaterapia massiva onde já está tudo pronto e você apenas compra. Ela pensa, medita e cria sua sinergia exclusiva para atuar no que é necessário naquele momento.

Recebi em casa um spray e também o inalador, foi a minha alegria! Sempre gostei de aromas e poder tratar de angústias desta forma foi maravilhoso para mim. Não sei se perceberam, mas eu sumi do blog, do YouTube e fiquei mais devagar nos ultimos meses. Minha mente não estava nada bem e comecei a aromaterapia em conjunto com outras terapias (como floral que em breve faço post) para melhorar minha mente e consequentemente meu estado físico. Nisso eu cheguei a emagrecer 6kg: ansiedade, estado depressivo e mente inquieta. Como acabei de escrever, me cerquei de vários tratamentos inclusive médico.

Demorei para escrever este post porque meu tratamento ainda está em curso. Eu precisava melhorar porque fiquei realmente mal. Tenho mania de achar que posso segurar tudo e não preciso de férias. Porém o corpo precisa de pausa. Por isso um tratamento tão longo, eu exagerei e exigi demais do meu corpo chegando num estado bem ruim.

No meu tratamento usei o spray que você borrifa no ambiente, no seu travesseiro ou mesmo na roupa de cama. O inalador, que fica na minha bolsa para os momentos de necessidade. Ah! Tenho dois inaladores! Um para usar antes de dormir, que me relaxa fazendo desligar um pouco do mundo e o outro que uso na rua para os momentos em que estou mais ansiosa e preciso acalmar.

Tenho também o roll-on que passo no pulso e atrás das orelhas antes de dormir. Creme para o chakra do coração; gel de massagem para os pés; óleo de massagem, sal para os pés e por fim, óleo para o difusor que fica na tomada. Sim, eu acho que usei todas as formas de aromaterapia que a Thelicia tem disponível! HAHAHAHAHA

O tratamento não precisa de tudo isso. Basta um spray e um inalador, já é o suficiente. O spray dura aproximadamente 2/3 meses (depende de quanto você usa) e nesse período já é possível notar melhora. Tenho diversos sprays cada um para determinada queixa. Mas não é interessante ter muuuuuitos sprays com fins distintos. Melhor tratar cada sintoma de uma vez, tente pensar no que mais te incomoda e começa por aí. 

Comecei a sentir diferença no segundo mês de uso quando o momento de borrifar era o mais calmo do meu dia. Respirar 5x e sentir o aroma me trazia/traz uma paz e um sentimento de tranquilidade que eu amo. Com o tempo os ânimos acalmaram e hoje estou bem mais tranquila do que lá atrás.

Depois que percebi a diferença no meu corpo após a aromaterapia indiquei para mamãe, minha irmã e diversas amigas! Hoje minha irmã sempre borrifa a sinergia dela antes de dormir e em cinco minutos apaga. Mamãe não anda sem o inalador na bolsa, e as amigas vivem agradecendo os efeitos das sinergias no corpo e na produtividade.

Sinceramente? É algo que eu passei a amar e falar para todas as pessoas testarem pelo menos uma vez para comprovar que tem resultado sim. 

O investimento inicial é de aproximadamente R$100,00 + frete + consulta. Nisso pensando em um spray + inalador. Eu hoje só conheço a Thelicia de aromaterapeuta e indico para todo mundo que conheço. Acho o valor dela MARAVILHOSO pensando que se trata de uma sinergia feita exclusivamente para você, aplicada reiki e que dura até 3 meses. Chuto 40 reais por mês para cuidar da sua mente e corpo! Pra mim é um investimento imensurável que com o tempo seu corpo apenas agradecerá.

Conversei com a Thelicia pedindo uma condição especial para vocês; e ela não cobrará a consulta para que disser que veio por minha indicação! <3 (só falar com ela pelo insta ou email: thelicia@gmail.com)
Antes que me perguntem, este post não é publicidade e eu pago todas as sinergias que The faz para mim. Eu senti que deveria escrever para que mais pessoas conhecessem a aromaterapia e o trabalho maravilhoso que ela faz! Atende cada um com muito carinho, conversa por horas a fio e entrega sinergias maravilhosas.

E eu continuo aqui usando meus aromas toda feliz! Vocês fazem aromaterapia? Tem curiosidade?

Beijos
Mah

Será mesmo apenas questão de gosto?

Mah / 16 abr,2018 /ETC

“Nossa, que legal! Posso colocar a mão?”
Não, não pode. Meu cabelo não tem nada de diferente (além da cor rs)
“Ele é macio?”
Sim! Como qualquer outro cabelo bem cuidado
“Nossa, mas como você lava?”
Com shampoo, assim como você.

Minhas respostas soaram agressivas? Pois acreditem fui o mais simpática que consigo ser quando qualquer um destes episódios acontece comigo na rua. Assumir o cabelo crespo, assumir a minha textura não foi apenas estética, mas um ato que envolve mais! Foi entender minha ancestralidade, me olhar de outra forma, saber quem realmente sou e tomar noção do espaço da mulher negra na sociedade.

Ah, o espaço! Estamos na base da pirâmide social. Mulher negra é vista como um corpo para uso: bumbum grande, sabe sambar, rebolar e tem bom desempenho sexual. Para sair mas não para casar. Para se divertir mas não apresentar aos pais. Porque o que minha família vai pensar não é mesmo?

As concepções de família feliz sempre nos foram apresentadas com pessoas brancas. Comercial de Natal, cereal matinal, suco em pó, papel higiênico, brinquedo ou mesmo remédios para gripe. O tempo todo famílias brancas. Com isso, como fazer com que a sociedade considere a mulher negra bonita sendo que não é mostrada como referência? “Ah, mas é o meu gosto…” Gosto é construído socialmente e historicamente. A representatividade entra neste momento: quanto mais pessoas negras na televisão, nas revistas, exemplificando uma família COMUM, mais isso se torna normal aos nossos olhos, MENOS choque a sociedade leva, MENOS barulho existirá ao ver uma negra na capa da revista. Vocês me entendem que comemoramos uma capa estampada por mulher negra? O quão surreal é isso? Em um país onde mais de 50% da população é negra o ideal de beleza é branco.

O gosto da massa foi construído. Homem branco e mulher branca são as pessoas que representam o ideal de “perfeição”. Quero ascender socialmente? Vou procurar namorar um branco para ser validada e endossada. Caso contrário não escutarão uma palavra do que digo; na verdade nem me olharão.

Representar, mostrar naquele momento uma fatia da sociedade, demonstrar a forma que ela é composta, por meio de amostragem exibir como o Brasil é… Acho que isso não acontece!

Se o gosto é construído, se o ideal de beleza sempre foi pessoas brancas é óbvio que o padrão capilar pode ser qualquer um, menos os fios crespos. Um cabelo tido como sujo, mal arrumado, armado e com a sensação de que precisamos domar. Na verdade, ao alisar, tirar o volume estamos HIGIENIZANDO nossa aparência muitas vezes sem perceber, nossa característica negróide para se TENTAR se adequar ao padrão estabelecido e tido como única verdade. Higienizar, tornar apresentável e o mais limpo possível para não agredir os olhos treinados apenas para gostar do liso.

Por isso que ao observar cabelos crespos as pessoas se espantam, acham “exótico”, diferente e até mesmo de outro mundo. Por isso as perguntas mais descabíveis surgem como se eu não tivesse cabelo na cabeça, mas um adereço qualquer que impacta demais a sociedade ao ser exibido nas ruas.

AINDA BEM QUE SOMOS DIFERENTES! Não, cabelo crespo não tem nada de anormal ou curioso. Não, ão precisa colocar a mão e invadir o espaço alheio com a sua “curiosidade” construída com base na nossa sociedade racista. Não, não acredite que a empresa pedir para uma pessoa “arrumar” o cabelo quando ele for crespo é normal e faz parte das normas da mesma. O normal é cada um viver de acordo com as suas características de nascença, com seus traços herdados, com suas expressões “de si mesmo”. O normal e olharmos para o lado e vermos outra pessoa e não um cabelo ou a cor da pele.

Escrever tais palavras parece obviedade. Mas ou batemos nesta tecla ou nada muda. Eu vejo, eu sinto na minha pele negra e no meu cabelo crespo.

Beijos
Maraisa

Não sou boa o bastante?

Mah / 26 mar,2018 /ETC

Sempre quando passa pela minha cabeça escrever algo que difere de beleza, eu penso mil vezes. Primeiro porque não sei se vocês gostarão de ler; segundo porque fico na dúvida se minhas palavras farão sentido, se conseguirei colocar “no papel”, aquilo que realmente desejo mostrar. Todavia, estou aqui com este questionamento: Não sou boa o bastante?

Sei que ao ler isso logo vem um “Por quê?” na cabeça. E quase todos os dias, desde o meio do ano passado, eu fico cheia destes ‘por quês’ na mente. (Quem me acompanha faz tempo percebeu como estou mais quieta, introspectiva e reflexiva) Obviamente, nestes momentos eu não entendia nada e só queria respostas imediatas; e hoje eu enxergo que tudo se trata de equilíbrio.

Equilibrar… nivelar, colocar em posição estável. Como mamãe e vovó costumam dizer “Nada em excesso é bom!” Mas eu ouvia? HAHAHAH É nunca! Enxergar o copo meio cheio não é fantasiar ou viver em uma realidade paralela, é ser otimista e criar uma atmosfera energética positiva. Encarar com um sorriso no rosto é meio caminho andado para vencer cada problema que aparecerá durante o dia.

Mas que papo motivacional! Não aguento mais ler sobre isso na internet! Tudo é “Faça! Cresça! Aconteça!”. Concordo que este empreendedorismo de palco satura. Nunca está bom o bastante: faça isso, faça aquilo, ganhe seu primeiro milhão, mude de carreira, seja seu chefe, antes dos trinta. E SE EU NÃO QUISER NADA DISSO? E se eu não souber o que quero aos vinte e nove? Eu não sou boa o bastante? Meu trabalho não vale de nada? Eu não posso amar ficar na minha casa lendo um bom livro ao invés de colecionar check ins em restaurantes badalados? POSSO SIM!

Entender o que eu posso, entender que eu não preciso fazer relatório do meu final de semana, entender que tudo não se resume a “O que as pessoas vão achar?” foi o que me deu um click. E tudo o que eu já fiz caramba? E a minha vontade de ser feliz com o que realmente gosto? E cada comentário positivo sobre meu trabalho? É isso que me motiva mesmo com dedos apontados dizendo que não sou boa o bastante.

Gosto é subjetivo. Assim como percepção de sucesso, compreensão de felicidade, metas de vida. Subjetividades (existe esta palavra?) que apenas eu posso colocar peso e assim equilibrar minha jornada.

E então passei a ver que sou boa o bastante, sou boa demais! Para quem me cerca, para quem deseja me ouvir, para pessoas abertas às trocas e para mim. Não estacionei, apenas equilibrei o que descompassava e ampliei a visão. Crescer dói, mas a vista fica tão linda depois….

Beijos
Mah

 

 

Nem sempre tão zen | Rita Lima

Mah / 14 mar,2018 /ETC

Muita gente que conheço (e que anda lendo as coisas que escrevo por aqui) vem me abordando com uma questão bem recorrente: Rita, não sabia que você era sempre assim, tão “zen”!
Primeiro pensamento que ocorre: epa, epa, epa… Vamos com calma! Não sou sempre assim, não.

Na verdade, eu venho aprendendo a ser resiliente… E a resiliência tem dessas, uma vez que ela é a capacidade de você lidar com as ADVERSIDADES de modo a aprender com elas e seguir em paz. Se existem adversidades, existem problemas e, por consequência, existe nossa postura diante deles. Hoje em dia tento, sim, ser o mais pacífica possível diante de qualquer coisa que possa me afetar de maneira negativa, mas não, não foi sempre assim.

Eu sempre fui uma pessoa super reativa, do tipo que gritava e esbravejava ao mínimo sinal de contrariedade. E reclamava… Reclamava… Reclamava MUITO! E percebi que com a minha postura, a vida era uma eterna “guinada de 360º”. Veja bem, não disse 190º… 360º mesmo, que é quando você sai de um ponto da vida, sofre uma virada brusca que te resolve muita coisa que estava fora do lugar, você tem mil experiências novas, três mil mudanças, daí você perde o rebolado com tanta coisa, se atrapalha ao lidar com tanta novidade e… Volta para o mesmo ponto de onde partiu. “Droga! Eu estou estagnada… A vida nunca caminha!”. E reage… E reclama… E muda… E volta ao começo. Uma valsa chata, densa e que parece não ter fim.

Sabe… Uma hora isso cansa. E depois de uma certa idade, juro que dá preguiça de ficar nessa eterna briga contra o nada. E é então que você toma um tapa na cara da consciência: o problema é a vida que é sempre igual, ou eu quem faço tudo do mesmo jeito? Bingo! Primeiro desafio: fugir do pensamento de que “a culpa é minha”. Não é uma questão de culpa, é uma questão exata e matemática de responsabilidade e consequência.

Como sou “a chata” das dialéticas, certa vez comecei a refletir sobre a palavra “reclamar”. Re = radical de repetição. Clamar = pedir, solicitar. Peraí… Se nós somos (e recebemos) o que falamos, então, quando eu RE-CLAMO, eu estaria pedindo mais daquilo que digo? Faz sentido! E se ao pedir mais do que estou dizendo eu acabo me vendo sempre diante da mesma situação, logo, estou recebendo minha encomenda direitinho. Bazinga! E não é filosofia piegas de porta de banheiro, não. É só observar: muitas pessoas comentaram nos meus posts anteriores que meu texto as “tocou” de alguma forma. Quando você lê uma palavra que conversa com seu interior, não é assim que você se sente? Tocada(o)? Eis a força que o que dizemos tem. E sim, você pode acariciar ou agredir pessoas dependendo da intenção que colocar em suas palavras. E se pode afetar ao outro, também pode afetar a si e isso é basicamente o que fazemos quando reclamamos.

Lembro até hoje que, quando estava nessa vibe de “descobrir a força do que digo e diminuir a reclamação”, aderi a um desafio (que inclusive propus à Maraisa) de passar “X” tempo sem reclamar de nada. Comecei com metade de um dia… Depois, 24hrs. Dava uma pausa (pra reclamar), fazia mais um dia de treino… E assim fui por algum tempo. Comecei a aumentar naturalmente a meta: 48 horas… 60 horas… UMA SEMANA, SERÁ? Hum… Difícil. Sim, é difícil demais, já que algumas coisas na vida exigem de nós uma paciência fora do comum. E tudo bem… Não sou uma monja e, se olhar pra trás e analisar quem eu era e como reagia a tudo, creio que já caminhei bastante para chegar nesse início de insight sobre a reclamação e meu eterno ciclo de “nervosinha” que me levava do nada a lugar nenhum. É um começo, não é mesmo?

O importante é pensar na naturalidade nas ações que essas conclusões pedem. Não vale ser forçado, não vale ser encenado: tem que ser natural! Sem pressão, sem cobrança… É apenas um “click” que te diz “opa! Isso aqui está me fazendo mal e partiu de mim mesma. Como posso fazer de outro jeito para sentir-me melhor e ter um resultado mais legal?”. E passo a passo caminhar mais leve. É aos poucos, com gestos sutis e, quando vemos, estamos quase habituadas a fazer da reclamação apenas uma brincadeira infantil (e não uma arma carregada, pronta para disparar a qualquer momento).  Sim, porque pacificar, perdoar e bendizer é uma dádiva… Mas mandar à merda, às vezes, é inevitável e evita infartos hihihihi….

Que tal se propôr um desafio desse tipo? Topa? Então nem precisa esperar o dia seguinte: comece agora a pensar se o motivo da tua reclamação está te aprisionando em um ciclo vicioso sem fim. E se esse motivo sumisse? Morresse? Acabasse? Desligasse? Findasse? Você seria mais feliz? Reflita e, independente da resposta, guarde-a para si e alegre-se com a paz que esse simples exercício pode proporcionar.

Namaste!
Rita Lima