Cartas da Semana por Renata Ruiz | de 23 à 29 de abril

Mah / 23 abr,2018 /Carta da Semana

8 de Copas – 3 de Espadas – O Diabo

Fiquei um pouco relutante para escrever esta semana, pois a primeira jogada que fiz realmente não foi muito boa. Pedi ao tarot, principalmente para este deck tão mágico, me dar respostas mais precisas e mais fáceis, já que a leitura estava difícil também. E foram estas que saíram, na sequência que está acima.

Como nem sempre tudo são flores, a vida é feita de altos e baixos, então vamos lá. Para começar o 8 de Copas apresenta novos caminhos, novos começos através da autodescoberta, avançando em uma nova direção. Sei que toda mudança pode trazer dor e muito sofrimento, por isto apareceu o 3 de Espadas, uma dar cartas mais “doídas”, ao meu ver, do tarot.

Qualquer novo movimento, seja ele de qualquer espécie, gera um certo sofrimento. A transição se faz necessária pois como está não dá pra ficar. É necessário descobrir esta realidade penosa e encontrar a verdade emocional e espiritual do momento que está passando. É hora de abandonar o atoleiro sinistro em que se encontra, aprender com os próprios erros e seguir em frente, pois há algo novo para surgir.

Mantenha a mente lúcida e você verá além, pois nem sempre a dor cega, já que percepções dolorosas e decepcionantes se fazem necessárias. Abra-se para isto.

Para aliviar um pouco este momento, sugiro que medite um pouco. Caso não consiga, faça como eu, ouça alguns mantras que eles auxiliam muito. Tenho uma lista no Spotify que escuto sempre. Como estou fazendo um curso de mantras, estou separando alguns que limpam e purificam o ambiente, removendo os obstáculos e clareando o caminho. Vou deixar o link com vocês, caso queiram escutar: clique aqui

Para fechar, a carta que surge é o Diabo, aquele com quem a gente nunca quer confrontar. Apesar de toda a confusão, ele mostra que a escravidão imposta por suas crenças e falsos valores tende acabar. Devemos reconhecer nossos defeitos e medos para enfrentá-los. Confronte a própria sombra e ilumine a escuridão, é o que esta carta pede.

Sei que o momento é confuso e doloroso, mas vai passar. Tenho certeza que sairá mais fortalecido do que nunca.

Boa semana a todos,
Gratidão
Renata Ruiz

Será mesmo apenas questão de gosto?

Mah / 16 abr,2018 /ETC

“Nossa, que legal! Posso colocar a mão?”
Não, não pode. Meu cabelo não tem nada de diferente (além da cor rs)
“Ele é macio?”
Sim! Como qualquer outro cabelo bem cuidado
“Nossa, mas como você lava?”
Com shampoo, assim como você.

Minhas respostas soaram agressivas? Pois acreditem fui o mais simpática que consigo ser quando qualquer um destes episódios acontece comigo na rua. Assumir o cabelo crespo, assumir a minha textura não foi apenas estética, mas um ato que envolve mais! Foi entender minha ancestralidade, me olhar de outra forma, saber quem realmente sou e tomar noção do espaço da mulher negra na sociedade.

Ah, o espaço! Estamos na base da pirâmide social. Mulher negra é vista como um corpo para uso: bumbum grande, sabe sambar, rebolar e tem bom desempenho sexual. Para sair mas não para casar. Para se divertir mas não apresentar aos pais. Porque o que minha família vai pensar não é mesmo?

As concepções de família feliz sempre nos foram apresentadas com pessoas brancas. Comercial de Natal, cereal matinal, suco em pó, papel higiênico, brinquedo ou mesmo remédios para gripe. O tempo todo famílias brancas. Com isso, como fazer com que a sociedade considere a mulher negra bonita sendo que não é mostrada como referência? “Ah, mas é o meu gosto…” Gosto é construído socialmente e historicamente. A representatividade entra neste momento: quanto mais pessoas negras na televisão, nas revistas, exemplificando uma família COMUM, mais isso se torna normal aos nossos olhos, MENOS choque a sociedade leva, MENOS barulho existirá ao ver uma negra na capa da revista. Vocês me entendem que comemoramos uma capa estampada por mulher negra? O quão surreal é isso? Em um país onde mais de 50% da população é negra o ideal de beleza é branco.

O gosto da massa foi construído. Homem branco e mulher branca são as pessoas que representam o ideal de “perfeição”. Quero ascender socialmente? Vou procurar namorar um branco para ser validada e endossada. Caso contrário não escutarão uma palavra do que digo; na verdade nem me olharão.

Representar, mostrar naquele momento uma fatia da sociedade, demonstrar a forma que ela é composta, por meio de amostragem exibir como o Brasil é… Acho que isso não acontece!

Se o gosto é construído, se o ideal de beleza sempre foi pessoas brancas é óbvio que o padrão capilar pode ser qualquer um, menos os fios crespos. Um cabelo tido como sujo, mal arrumado, armado e com a sensação de que precisamos domar. Na verdade, ao alisar, tirar o volume estamos HIGIENIZANDO nossa aparência muitas vezes sem perceber, nossa característica negróide para se TENTAR se adequar ao padrão estabelecido e tido como única verdade. Higienizar, tornar apresentável e o mais limpo possível para não agredir os olhos treinados apenas para gostar do liso.

Por isso que ao observar cabelos crespos as pessoas se espantam, acham “exótico”, diferente e até mesmo de outro mundo. Por isso as perguntas mais descabíveis surgem como se eu não tivesse cabelo na cabeça, mas um adereço qualquer que impacta demais a sociedade ao ser exibido nas ruas.

AINDA BEM QUE SOMOS DIFERENTES! Não, cabelo crespo não tem nada de anormal ou curioso. Não, ão precisa colocar a mão e invadir o espaço alheio com a sua “curiosidade” construída com base na nossa sociedade racista. Não, não acredite que a empresa pedir para uma pessoa “arrumar” o cabelo quando ele for crespo é normal e faz parte das normas da mesma. O normal é cada um viver de acordo com as suas características de nascença, com seus traços herdados, com suas expressões “de si mesmo”. O normal e olharmos para o lado e vermos outra pessoa e não um cabelo ou a cor da pele.

Escrever tais palavras parece obviedade. Mas ou batemos nesta tecla ou nada muda. Eu vejo, eu sinto na minha pele negra e no meu cabelo crespo.

Beijos
Maraisa

Base Skin Perfection | Eudora

Mah / 11 abr,2018 /Maquiagem

Nossa! Quanto tempo que não faço uma resenha de base né? Sumi um pouco no começo do ano e serei sincera em dizer que 2018 começou de verdade para mim neste mês de abril. Sendo assim, cá estou eu!

Gosto de testar bases durante um bom tempo. Tanto, que a Skin Perfection foi lançada o ano passado e desde então uso. Conforme meus hormônios, meu humor, o clima, minha pele reage de determinada forma. Por isso não consigo testar algo (principalmente de pele) em apenas uma semana. Eu falaria por cima, sem opinião alguma apenas por falar.

Isto posto, Skin Perfection faz parte de uma coleção homônima da Eudora. A intenção? Deixar a pele perfeita com acabamento natural. Os outros produtos da linha são: corretivo, primer, paleta de contorno, pó iluminador, pó matificante e paleta de blush.

São ao todo dez opções de cores que mostro abaixo no meu braço e no braço da minha irmã:

Logo de cara já percebemos que tem poucos tons para pele negra. Entre o Bege Escuro 1 e o Bege Escuro 2 existe um espaço que poderíamos preencher com no mínimo dois tons. Não percebi isso no começo porque quando recebi da assessoria, foquei em achar o meu tom e usar. Eis que me preparo para tirar as fotos vejo quatro opções apenas. Sinceramente? Não faz nenhum sentido isso no Brasil.

CONTINUEMOS:

A marca promete pele impecável por até oito horas, efeito mate com toque aveludado, controle de oleosidade e resistência à água e ao suor. Ah! Possui FPS 15 (proteção solar é amor verdadeiro amor eterno).

Usei por muito tempo a Bege Médio 2. Depois percebi que a Bege Médio 3 também se adaptou bem ao meu tom de pele. A diferença é que a cor mais amarelada; entretanto, quando em contato com a pele, parece que mescla ao meu tom e fica sucesso.

Embalagem em bisnaga com 30ml que você precisa tomar cuidado quando abrir a tampa. Se deixar a base “em pé” ao usar vazará produto demais correndo o risco de desperdiçar. Sobre a quantidade, é o comum na maioria das bases.

Textura leve, fragrância floral que eu gosto, se você tiver alergia pode atrapalhar. Mas, é só no momento da aplicação e com o tempo o cheiro desaparece. A marca diz ser de alta cobertura, porém, ao aplicar no rosto eu não consegui cobertura satisfatória de uma vez, ainda via algumas manchinhas de acne. Então, considero uma base de média cobertura.

Fácil de aplicar, espalha tranquilamente e rende bastante. Pouco produto basta para fazer uma camada e deixar aquela aparência de pele sem nada. Sim, parece que você nem passou base. Se quiser construir camadas é possível porque não mancha. Algumas bases de acabamento mate temos que passar correndo para não secar, a Skin Perfection seca algum tempo depois, mesmo se você não souber passar base conseguirá um tom uniforme.

Senti minha pele mate mas com viço, aquele ar de saúde. Quando adolescente eu amava acabamento mate super seco, mas hoje prefiro a pele com viço, uma suave luminosidade. É sim resistente à água! Você pode tomar chuva de leve que permanece intacta(o). Ah! Ela dura muito mais de oito horas na pele, fiquei doze hora e quando cheguei em casa estava plena. Sobre o fato de controlar a oleosidade, eu não percebi. Tenho pele oleosa com tendência à acne e meu nariz ficou com óleo do mesmo jeito que fica quando uso outras bases.

Transfere pouco, uma vantagem absurda porque não carimbamos os coleguinhas na rua. E tem um preço justo. No início achei que R$69,99 era um valor alto. Mas de acordo com tudo que ela entrega, vale cada centavo investido além de render DEMAIS!

O ponto negativo é a baixa opção de cores para pele negra e também o controle de oleosidade inexistente no meu caso.

Abaixo deixo o vídeo que gravei mostrando a aplicação. Uso pincel e as mãos e consigo um bom resultado das duas formas. Você pode usar esponja também que será mais natural ainda o aspecto final.

Disponível na loja virtual da Eudora.
Beijos
Mah

Carta da Semana por Renata Ruiz | 26 de março à 1 de abril

Mah / 26 mar,2018 /Carta da Semana

10 de Paus – Valete de Copas – Cavaleiro de Ouros

O mês de março termina com a energia de 10 de Paus, indicando que você assumiu responsabilidades demais, só trabalhou e não teve nenhuma diversão. Devido a esta carga pesada, você se sentiu culpado por tudo e este foi o preço que pensou que teve que pagar: trabalho, trabalho e sem divertimento. Bem, não é isso que você tem que ter para a sua vida. Pense se este peso todo valeu a pena e ou só rendeu apenas um bloqueio mental, não deixando você ver o que vem pela frente. Por isto, só será possível dominar as tensões (interiores também), fazendo um esforço tremendo para mudar isto.

Mas calma, nem tudo está pesado, pois as cartas seguintes possuem a energia de novos acontecimentos, tanto o Valete de Copas, que realmente é o comecinho, como o Cavaleiro de Ouros. Um momento tanto para pensar no coração, que deve ter ficado de lado, como vislumbrar que suas metas profissionais podem se realizar.

A mensagem do Valete de Copas é que há um novo amor podendo surgir por aí, há romance no ar. Para que isto aconteça, o ideal é procurar algo em seu coração que esteja esquecido, aquela mágoa escondida e perdoar e se perdoar também. Se você está se desenvolvendo espiritualmente, também é um bom momento para novas vivências e acreditar em seus dons. Além disso, sua intuição está boa para tomar decisões profissionais. Apesar de março terminar carregado, como falei, há a luz no fim do túnel, deixando o ar mais leve.

Finalizando, o Cavaleiro de Ouros aguça o nosso senso de realidade, trazendo a nossa cabeça, que está voando um pouco por causa do Valete de Copas, para manter-nos firme e capazes de concretizar o que já estávamos planejando, com perseverança e coerência. Combine estas duas novas energias, a leveza do novo amor com algo mais tradicional, com cautela, que sua semana fluirá mais.

Divirta-se no feriado, deixe o trabalho um pouco de lado e viva a vida mais leve.

Boa semana a todos,

Gratidão
Renata Ruiz

Não sou boa o bastante?

Mah / /ETC

Sempre quando passa pela minha cabeça escrever algo que difere de beleza, eu penso mil vezes. Primeiro porque não sei se vocês gostarão de ler; segundo porque fico na dúvida se minhas palavras farão sentido, se conseguirei colocar “no papel”, aquilo que realmente desejo mostrar. Todavia, estou aqui com este questionamento: Não sou boa o bastante?

Sei que ao ler isso logo vem um “Por quê?” na cabeça. E quase todos os dias, desde o meio do ano passado, eu fico cheia destes ‘por quês’ na mente. (Quem me acompanha faz tempo percebeu como estou mais quieta, introspectiva e reflexiva) Obviamente, nestes momentos eu não entendia nada e só queria respostas imediatas; e hoje eu enxergo que tudo se trata de equilíbrio.

Equilibrar… nivelar, colocar em posição estável. Como mamãe e vovó costumam dizer “Nada em excesso é bom!” Mas eu ouvia? HAHAHAH É nunca! Enxergar o copo meio cheio não é fantasiar ou viver em uma realidade paralela, é ser otimista e criar uma atmosfera energética positiva. Encarar com um sorriso no rosto é meio caminho andado para vencer cada problema que aparecerá durante o dia.

Mas que papo motivacional! Não aguento mais ler sobre isso na internet! Tudo é “Faça! Cresça! Aconteça!”. Concordo que este empreendedorismo de palco satura. Nunca está bom o bastante: faça isso, faça aquilo, ganhe seu primeiro milhão, mude de carreira, seja seu chefe, antes dos trinta. E SE EU NÃO QUISER NADA DISSO? E se eu não souber o que quero aos vinte e nove? Eu não sou boa o bastante? Meu trabalho não vale de nada? Eu não posso amar ficar na minha casa lendo um bom livro ao invés de colecionar check ins em restaurantes badalados? POSSO SIM!

Entender o que eu posso, entender que eu não preciso fazer relatório do meu final de semana, entender que tudo não se resume a “O que as pessoas vão achar?” foi o que me deu um click. E tudo o que eu já fiz caramba? E a minha vontade de ser feliz com o que realmente gosto? E cada comentário positivo sobre meu trabalho? É isso que me motiva mesmo com dedos apontados dizendo que não sou boa o bastante.

Gosto é subjetivo. Assim como percepção de sucesso, compreensão de felicidade, metas de vida. Subjetividades (existe esta palavra?) que apenas eu posso colocar peso e assim equilibrar minha jornada.

E então passei a ver que sou boa o bastante, sou boa demais! Para quem me cerca, para quem deseja me ouvir, para pessoas abertas às trocas e para mim. Não estacionei, apenas equilibrei o que descompassava e ampliei a visão. Crescer dói, mas a vista fica tão linda depois….

Beijos
Mah